quinta-feira, 26 de novembro de 2009











Programação Betim – Entrada Franca!

30 de novembro - Segunda-feira - Abertura da Mostra
Cine Teatro Glória - Colônia Santa Izabel – Citrolândia

10h Mostra infantil
11h Mostra juvenil
12 h Mostra infantil
13h Mostra juvenil
14h Nacional 1
15h Nacional 2
16h Nacional 3
17h Nacional 4
19h Internacional 2
20h Internacional 3
21h Longa: Anjos e Idiotas

1 de dezembro - Terça-feira
Asmube - Rua Vicência Maria de Jesus, 381
Jardim da Cidade

18 h Mostra Internacional 6
19 h Mostra Internacional 7
20 h Mostra Internacional 8
21 h Mostra Internacional 9
02 de dezembro

PUC Betim - Auditório da PUC
Rua do Rosário – 1081 – Angola

18:30 h Mostra Internacional 1
20 h Mostra internacional 2
21 h Mostra Internacional 3

Companhia Alma Dell’art
Rua Santos Dumont, 103 – Angola
9 h Mostra infantil
10 h Mostra juvenil
11 h Mostra infantil
12h Mostra juvenil
14h Nacional 1
15:30h Nacional 2
16h Nacional 3

Centro Popular de Cultura Frei Chico
Rua José Teixeira de Oliveira, 177- Bairro PTB
10h Mostra infantil
11h Mostra juvenil
12 h Mostra infantil
13h Mostra juvenil
14h Nacional 1
15h Nacional 2
16h Nacional 3
17h Nacional 4

02 de dezembro
Centro Popular de Cultura Eva Maria - Perla
Rua Visconde Itaboraí, 102 – Bairro Jardim Perla

18 h Mostra Nacional 1
19:30 h Mostra Nacional 4
21 h Mostra Nacional 5

03 de dezembro
PUC Betim - Auditório da PUC
Rua do Rosário – 1081 – Angola

18:30 h Mostra Internacional 4
20 h Mostra internacional 5
21 h Mostra Internacional 6

03 de dezembro
Arca – Associação de Reintegração da Criança e do Adolescente
Rua Edméia Mattos Lazarotti, 680 – Centro

8:30 h infantil
9:30 h juvenil
10:30 h infantil
13:30 h juvenil
14:30 h infantil
16:30 h juvenil

Centro Popular de Cultura Joaquim Nicolau - Marimbá
Rua Monte Azul, 14 - Bairro Marimbá / Vianópolis
18 h Mostra internacional 5
19:30 h Mostra internacional 6
20:30 Mostra internacional 7

04 de dezembro – Sexta-feira
Pró Viver
Avenida Padre Airton Freire de Lima, 81 - Guanabara
14h Mostra infantil

15h Mostra Juvenil
16h Mostra infantil
17h Mostra Juvenil
19h Internacional 2
20h Internacional 3
21h Internacional 4

04 de dezembro
Studio Cerri - Rua Carmelita, 78 – Filadélfia

09h Animações Finlandesas
10:30 h Internacional 1

Centro Popular de Cultura Frei Enstanislau
Rua Cabuci, 130 - Jardim Teresópolis

09h Mostra infantil
10h Mostra juvenil
11h Mostra infantil
12h Mostra juvenil
14h Mostra infantil
15h Mostra juvenil
16h Mostra infantil
17h Mostra juvenil

05 de dezembro – Sábado
Pró Viver
Avenida Padre Airton Freire de Lima, 81 – Guanabara

14h Mostra infantil
15h Mostra Juvenil
16h Mostra infantil
17h Mostra Juvenil
19h Internacional 5
20h Internacional 6
21h Internacional 7

IT - Filmes, Comunicação e Entretenimento
Rua Rio Paraopeba, 95 – Jardim Santa Cruz

19h Animações Finlandesas
20:30h Internacional 1
21h Internacional 2
22h Telmo Carvalho e Urubutrix

06 de dezembro – Domingo
Pró Viver
Avenida Padre Airton Freire de Lima, 81 – Guanabara

14h Mostra infantil
15h Mostra Juvenil
16h Mostra infantil
17h Mostra Juvenil
19h Animações Finlandesas
20:30 h Abi Feijó e Regina Pessoa (Portugal)
21:30h Arnaldo Galvão e Ian Macknnon (Inglaterra)

. Escola da Gente – 10 Escolas Municipais recebem a programação infanto-juvenil.
. 76 instituicoes de educação infantil recebem a Mostra Infantil - Parceria Apromiv - Associação de Proteção a Maternidade, Infância e Velhice

domingo, 22 de novembro de 2009

MUMIA em Betim - MG





Cinema para todos!

Na construção da cidadania é necessário pensar a arte como viés, e o cinema por agregar todas as áreas artísticas é sem dúvida uma ferramenta importante nesta caminhada. Assim, pela primeira vez, orgulhosamente, apresentamos em Betim a Mostra Múmia Udigrudi Mundial de Animação, que há sete anos acontece em Belo Horizonte e em 2009 agrega culturas de 28 países com a apresentação de 220 filmes.

Em Betim, a programação é inteiramente gratuita e pode ser vista por pessoas de diferentes idades em vários pontos de exibição. Além disso, a grade com os filmes com uma mostra infanto-juvenil é expandida junto ao programa “Escola da Gente” e em 70 instituições de educação infantil em parceria com a Apromiv – Associação de Proteção a maternidade, Infância e Velhice.

Então, agora, é hora de sair da rotina, experimentar as coisas e as sensações do mundo por meio do cinema. Aqui, a arte propõe se travestir para encontrar as pessoas em seus mundos. Vamos dar gargalhadas, espalhar cores, sonhos, espantos, aromas. Esperamos que com a sensibilidade potencializada as vidas se transformem em fontes de beleza. A beleza nos faz entender com amor e sabedoria a nossa condição, humana.

Viva o Cinema de Animação! Breve toda a programação.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

MUMIA em Betim

MUMIA chega com fôlego total em Betim na sua 7º edição

Já consagrado no meio como um dos principais eventos de animação do país, o MUMIA – Mostra Udigrudi Mundial de Animação – chega ao seu sétimo ano em Belo Horizonte e pela primeira vez em Betim com exibições entre os dias 30 de novembro a 06 de dezembro, com uma ampla programação que inclui filmes nacionais e internacionais, além de mostras especiais. A entrada é gratuita em todos os pontos de exibição.

Em Betim, a Mostra é itinerante e a abertura acontece no dia 30, às 10h no Cine Teatro Glória, em Citrolândia e prossegue o dia inteiro até às 21h, com a exibição de “Idiots and Angels”, do premiado diretor norte-amerticano Bill Plympton. O MUMIA é uma realização da produtora Leite Filmes e IT Filmes, Comunicação e Entretenimento, com a parceria da Prefeitura Municipal de Betim, Fundação Artístico-Cultural de Betim - FUNARBE, Studio Cerri, projeto Escola da Gente, Arca – Associação de Reintegração da Criança e do Adolescente, projeto Pró Viver, Companhia D’llat, Asmube, Apromiv – Associação de Proteção a Maternidade, Infância e Velhice, DCE da PUC, Movimento RG Cultural e Pimenta Filmes.

Com o lema: “Um Ano Mágico em Animações”, o 7º MUMIA apresenta em Betim 220 filmes do Brasil e de vinte e seis países: Reino Unido, Austrália, Alemanha, USA, China, Argentina, Letônia, Holanda, Suécia, Rússia, Finlândia, México, África do Sul, Irlanda, Portugal, França, Polônia, Chile, Itália, Eslováquia, Espanha, Japão, Bélgica, Nova Zelândia, Canadá e Bolívia. Muitos deles são vencedores de prêmios importantes e representam diversos estilos de animação.

O público pode conferir também as mostras especiais, que nessa edição trazem do da Finlândia as animações exibidas no Festival Internacional de Curtas de Tampere, da Inglaterra o trabalho de Ian Mackinnon, de Portugal Abi Feijó e Regina Pessoa, e do Brasil, Arnaldo Galvão.

Segundo o Cineasta Sávio Leite, organizador da mostra, a expectativa para a 7ª edição do MUMIA é a melhor possível. “Vamos transformar Betim numa cidade do reino ilimitado da Animação”, afirmou. Ele explica que o MUMIA incentiva a produção cinematográfica e videográfica de animação brasileira, dando acesso ao público a uma parcela da produção nacional e internacional, que, por não pertencer a grandes produtoras, acaba ficando à margem do circuito comercial. A proposital falta de um rigoroso critério de seleção no MUMIA, uma das marcas da mostra, fomenta, também, projetos experimentais, insurgentes, críticos e diferentes.

Para a diretora da IT Filmes, Comunicação e Entretenimento, Elizabete Martins Campos é um orgulho apresentar pela primeira vez em Betim a Mostra Múmia Udigrudi Mundial de Animação, que há sete anos acontece em Belo Horizonte e que já se consolidou como uma iniciativa importante no cenário da arte brasileira e internacional pela qualidade estética e linguística do evento.

“A mostra em Betim tem a programação inteiramente gratuita e pode ser vista por pessoas de diferentes idades em vários locais de exibição, além das escolas e creches que recebem a Mostra Infanto-Juvenil em DVD.. Então, agora, é hora de sair da rotina, experimentar as coisas e as sensações do mundo por meio do cinema. A arte, a beleza nos faz entender com amor e sabedoria a nossa condição, humana”, comenta Elizabete.

2009, O ANO DA CULTURA EM BETIM

Segundo o Presidente da Funarbe - Fundação Artístico-Cultural de Betim, Aderbal Gomes, este foi o ano da cultura na cidade. “Desde que a nova equipe da Funarbe assumiu a gestão da cultura, em janeiro, o setor ganhou novo impulso. A mudança começou com a abertura para a participação efetiva da classe artística em todos os momentos e decisões importantes da área, além da promoção de eventos jamais vistos no município”, declara.

Aderbal avalia que o primeiro evento que marcou a nova era da cultura em Betim foi a realização do Concerto Contra o Preconceito, na Colônia Santa Isabel, que tem o papel importante de combater o preconceito ao hanseniano. “Em maio, outro importante evento foi o Aniversário da Casa da Cultura Josephina Bento, que completou 21 anos em 2009. É o casarão mais antigo de Betim, portanto, comemorar esse aniversário é valorizar a memória da cidade. Ao todo, foram mais 20 de eventos realizados ou apoiados pela Prefeitura Municipal e Funarbe em 2009”, pontua o presidente da Funarbe.

Outra Avaliação de Aderbal é que um dos principais desafios da nova equipe da Funarbe foi colocar em funcionamento as oficinas culturais. Hoje são oito Centros Populares de Cultura, os CPCs, que atendem em média seis mil pessoas que buscam desenvolver seus dons artísticos.

“O trato com patrimônio cultural de Betim recebeu atenção especial. São 10 bens protegidos pelo município, por meio do instituto do tombamento. Projetos de educação patrimonial foram executados com atendimento a quase três mil alunos das redes de ensino municipal e estadual. O inventário participativo dos bens culturais de Vianópolis também foi realizado em 2009 e com um destaque especial para os bens imateriais (congado, modas de viola, etc.)”, enfatiza Aderbal.

Segundo ele, para fechar o Ano da Cultura em Betim, a Prefeitura Municipal e Funarbe apóiam a vinda do MUMIA – Mostra Udigrudi Mundial de Animação que reúne mais de 220 filmes de desenhos de animação de arte. “Betim receber uma mostra como a Mostra Udigrudi Mundial de Animação é a garantia da presença da cidade no circuito internacional de cinema. “Apoiamos o desenvolvimento da cultura em seus vários segmentos. Chegou a vez da animação”, declara Aderbal.

SERVIÇO: MUMIA - Mostra Udigrudi Mundial de Animação em Betim
Local: Cine Teatro Glória, Studio Cerri, Companhia Alma Dell’art, PUC Betim, PTB – CPC Frei Chico, Perla, Marimba, Pro Viver, Frei Enstanislau – Teresópolis e Imbiruçu, IT Filmes, Comunicação e Entretenimento, Asmube, Escola da Gente e Creches da Rede de Educação Infantil.
Data: 30 de novembro a 06 de dezembro – programação detalhada anexo.
Entrada franca!
Balcão de Informações: 31 – 9675-2685 – 31 30537263 e 31 86076513 leitefilmes@gmail.com
Toda programação em WWW.mostramumia.blogspot.com

domingo, 15 de novembro de 2009

7 MUMIA - CRÍTICAS 3











7º MUMIA – Internacional 2

Por Leonardo Amaral

Archipel, diálogo de uma cidade - Jasper Kuipers - 6'- Holanda

A câmera percorre solitária uma cidade em preto e branco opressor, cercado por uma cidade denotada por suas formas. No limite extremo dessa cidade geométrica, duas figuras humanas em gesso: um avô e um neto. Eles estão na divisa entre o que ainda sobra e o que são apenas corpos amontoados.

Van Jasper Kuipers trabalha uma situação de holocausto nesse curta-metragem holandês estruturado no diálogo de um jovem com fome que precisa se alimentar do próprio avô nesse fim dos tempos ali alarmado. É nessa transposição apocalíptica que trabalha Kuipers, o final, com o avô sendo devorado pelo neto (a fome e as necessidades humanas se sobrepõem a qualquer relação que exista), é de uma crueza que se torna ainda mais carrega pela trilha sonora pesada. O diálogo dessa cidade é esse seu limite entre a existência e não-existência, dos prédios que são somente formas e dos corpos que se acumulam no mar no qual estão sentados os dois personagens.

Planet A - Monoko Seto - 7'40"- França - 2008

Animação japonesa realizada com imagens sintetizadas em que vemos uma espécie de origem da vida, em que as moléculas, em aproximação que simula um microscópio (investimento em um plano detalhe), são originadas. Em um primeiro momento, não sabemos ao certo do que se trata aquilo que insiste em brotar e desenvolver em nossa perspectiva. A diretora Monoko Seto investe nesse movimento, explorar o micro para se chegar ao macro. Eis que nos é oferecido o todo, em tela, a água que percorre entre as formações rochosas de um planeta em formação. O filme é todo esse processo, inclusive uma espécie de documentação de sua criação com imagens geradas por meio de um computador.

Veterinário - Signe Bauname - 17'- Letonia - 2007

A liberdade espaço-temporal propiciada dentro do universo da animação dá vazão para a exploração ainda maior do sonho, de aspectos do surrealismo. Veterinário tem um inicio aparentemente clichê, em que um médico de animais dorme enquanto sonha estar a equilibrar-se em um coração que está prestes a se separar ao meio e o fazer cair. A partir desse instante, o que se vê é uma sucessão de situações estranhas que culminarão com o salvamento de vários animas.

Dentro desse universo, um cão campeão em produção de esperma, um porco assassinado por outros, cujas partes serão cortadas e jogadas dentro de um caldeirão com caldo fervente. Esse mesmo porco fará com que uma vaca tenha problemas de inflamação nas tetas e cujo pus advindo dessas será dado para comer a crianças que vomitarão em um galinheiro e farão com que uma galinha, após se alimentar dos dejetos, acabe por explodir entalada por um ovo na cloaca. A diretora da animação, Signe Baumanne, trabalha sempre nessa ordem absurda dos fatos, dentro de ótica fantástica que só ganha possibilidade graças à maneira minimalista como é criada. O estranhamento advém da forma, que, de alguma maneira, interfere diretamente no âmbito narrativo e temático.

Água Viva - Maris Brinkmanis - 10'- Letonia - 2009

Em certos momentos, Veltits parece ser um jogo de videogame, a partir do momento em que os dois pequenos cães passam a fugir de um tiranossauro criado a partir de uma água que dá vida a tudo o que tem contato no deserto que serve de cenário. Aliás, em 2-D é esse cenário, e o movimento dos personagens sempre privilegia a ação desses personagens, que, por meio de sons que lembra o de alguns árcades, nos dá a impressão de que, em certos momentos, interagimos com o curta-metragem. A animação, bastante simples, busca humor nessas situações da fuga, e joga diretamente com seus sons e seus efeitos de comicidade.

Heróis não mais - Sun Xun - 9'- China - 2008

“Se a história está prestes a mudar, devemos permitir que ela mude”, essa é uma frase de Stalin que vem ao fim desse curta-metragem chinês que fala, por meio de uma metonímia do lançamento de naves espaciais pela URSS, do período comunista na China, através de um jornal que nos apresenta os fatos como notícias diárias. “Possivelmente, no futuro, o planeta artificial soviético passará sobre a Terra de novo”. É com essa frase que o diretor SunXun termina sua animação, juntamente com a apresentação dos créditos finais em cédulas de dinheiro da China, numa revisão crítica sobre um período histórico de seu país.

SunXun constrói imagens desoladoras de sua nação, descrevendo, quase sempre em lettering na cartela, os períodos os quais referencia. Quase sempre essas frases por ele colocadas, que trazem consigo significações de medo, ausência de liberdade, em uma espécie de dialética com a imagem em cena, seja dos barcos presentes nas notas de dinheiro ou caminhões fornecedores de alimentos. Os desenhos, quase sempre explorados em sua forma, são expostos como constelações que estão sobre esse império chinês.

A periferia

A animação de Fabrizzio Bartolini é uma espécie de releitura de Os vizinhos, de Norman McLaren. Realizada no Chile, vemos de um lado uma família, que, em todos os momentos, faz barulho ao ponto de incomodar o vizinho solitário residente logo ao lado.

Mais do que exploração da forma, como o é na animação de McLaren, Bartolini procura trabalhar o som, principalmente após a batalha musical entre a vizinhança. Com intuito de tentar o insuportável sonoro, Bartolini busca no gore, em que cabeças são arrebentadas pelo mega-amplificador do vizinho solitário, a morte de seus personagens.

Leonardo Amaral
Crítico e redator da revista eletrônica Filmes Polvo. Diretor e fotógrafo de curta-metragens e membro-fundador da Produtora de cinema Sorvete Filmes.

sábado, 14 de novembro de 2009

7 MUMIA - CRÍTICAS 2


















7º MUMIA – Internacional 3

Por João Toledo

Sendero - Caminho - André Bustamante, Théo Court e Manuel Munhoz - 26'- Chile - 2007

Caminho é uma animação rústica, nebulosa, de poucos detalhes; ela nos deixa sempre perdidos, como que vagando por uma memória gasta, por entre formas e cores onde apenas aos poucos vamos descobrindo paredes, ruas e movimentos. Rústica mas também bastante plácida e harmoniosa, erguida sob o ritmo de uma respiração morosa e grave – em momentos, parece remeter ao cinema de Antonioni, aos personagens perdidos no espaço, vagando solitários, redescobrindo o mundo através do olhar e de um silencio pesaroso. A impressão é de uma animação feita de areia, vagarosamente levada pelo vento, areia que cobre as lembranças de um passado que o personagem parece querer revelar, redescobrir. O passado da foto que ele tem em mãos; uma imagem apenas, uma lembrança perdida.

No universo intangível e intrinsecamente intimista do personagem que acompanhamos, paira um clima constante de mistério; nada se torna claro, nada nos é revelado, tudo reside sob camadas e mais camadas de tempo, grão, esmaecimento. O reencontro do personagem com seu passado é um encontro com a desolação e o desgaste do tempo, um encontro com a finitude das coisas, e com a própria solidão. Os olhares da foto já se perderam para sempre, o passado é ruína, a árvore já não tem mais vida. Resta-lhe o chão, a terra, e areia. E o esquecimento.

Jauna Suga - A Nova Espécie - Evalds Lacis - 10'- Letonia - 2008

Extremamente bem finalizado e cheio de efeitos que simulam complexos movimentos de câmera, A Nova Espécie é uma animação em stop-motion bastante atraente, singela e um tanto pueril, sobre pequenos e vaidosos insetos. Bem articulado visualmente, e criativo na construção do universo dos insetos, o filme tem bastante carisma e um grande controle do ritmo e da narrativa, ainda que sacrifique um tanto de sua criatividade, de sua força livre de imagem e cor, em função de um discurso moral sobre a vaidade excessiva da pequena formiga, que por sua maquiagem, roupas e peruca, chama a atenção de um colecionador de insetos. Ainda assim, tem lá diversos méritos enquanto construção visual.

The New China - A Nova China - Sun Xun - 5'19"- China - 2008

Bastante politicamente engajada, a animação de Sun Xun é plena de imagens escuras que evocam um clima tenebroso de dominação cultural imperialista, cheia de símbolos que se traduzem como metáforas dessa nova China, esse país que enfim cede ao poderoso jugo do capitalismo. Misturando símbolos eminentemente americanos com uma vespa sedenta (possivelmente sedenta por poder), Sun Xun constrói um discurso que claramente lamenta o que ele parece enxergar como uma dominação tirânica, chegando a evocar símbolos que remetem ao nazismo. A animação, que parece ser um stop-motion de pinturas feitas em uma enorme parede branca, incorpora o rastro de sujeira trazido de cada pintura anterior, deixando a imagem toda marcada de sombras obscuras. Aos poucos, mapas da china são distorcidos e dragões que representam sua cultura milenar são executados. Restam os símbolos americanos que invadem aos poucos esse ambiente de terror criado pelo filme. Ainda que bastante direto, manifesto, escancarado em seu discurso, o filme de Sun Xun conserva ainda uma força intensa que emana de sua imagem expressionista.

Ceci N’Est Pas Une Mouche - Isto Não É Uma Mosca - Carlos Fraiha - 2'- Inglaterra - 2008

Isto Não É Uma Mosca é uma animação bem curta, bem simples, que, como todo filme 3D, trabalha sobre a idéia da contenção de planos, em função de sua dificuldade de realização, o que leva a uma maior precisão da construção narrativa, que faz restar apenas o essencial. O curta claramente deixa que sua idéia subjugue a imagem; existe uma construção visual ali mas ela é toda em função da piada que se cria a partir da célebre pintura de Magritte, Isto Não É Um Cachimbo. A piada é, no fundo, mais importante que a animação; não existe ali nenhuma grande potência estética. Também não existe nenhum grande problema, nada de errado, nada fora do lugar, nada vulgar ou mal construído. Talvez seja este seu principal problema; não há nada demais.


Pirogues - Piroga - Alice Bohl - 7'- Irlanda - 2008

Feita de traços muito simples, a animação de Alice Bohl parece erguida de linhas tão soltas que mesmo paradas parecem estar em movimento. Essa impressão de um constante fluxo nos deixa perdidos entre as imagens, que se desmancham e se transformam como se fossem feitas de vento, como se fossem pensamentos ou coisa parecida. Estamos na França, em uma Paris habitada por imigrantes africanos que buscam melhorar de vida. Ao mesmo tempo, ao telefone, do outro lado da linha, está a família que aquele personagem deixou pra trás. O filme retrata esse peso e essa angústia da separação sem melodrama, com uma singeleza bastante bonita, que não diminui nem explora a dor daqueles homens, daqueles seres de traço indistinto, perdidos numa cultura que os repele, os segrega, os exclui. Eminentemente político, no sentido mais humanista do termo, Piroga consegue discutir esse contexto da França atual e seus constantes conflitos sociais com imigrantes sem se perder em discursos. Ele não fecha a realidade em uma visão predeterminada; abre o mundo através do cuidado do olhar, da generosidade de quem observa sem se impor. Está tudo lá, a perda de identidade, a opressão do capital, a dor da separação, a vida que segue.

Studnia - O Poço - Andrzej Gosieniecki - 9'- Polonia - 2008

Até a água em O Poço tem a cor do deserto. Tudo ali é árido. Não existe outra cor senão essa, de tom amarelado, sépia, cor do calor. Parece um ambiente inóspito para a criação. No entanto, de um vigor criativo impressionante em termos de construção de enquadramentos, o curta polonês se constrói inteiro apoiado na potência da imagem, sem nunca se escorar na palavra como muleta narrativa. O filme caminha no ritmo da música que o acompanha, e a vida em cena é uma espécie de transe estético; tudo é dança, absoluta precisão. À medida que o filme avança, avançam também as tentativas para conseguir-se água, seja rezando para um ídolo, seja buscando no arremesso de um balde em direção às nuvens.

Mas no momento em que esses homens do deserto empregam toda sua criatividade na ávida busca por água, essência da vida, cria-se ali um paralelo entre esse processo de busca essencial dos personagens e o próprio processo de criação artística do próprio filme – uma espécie de metáfora da criação enquanto possibilidade plena independentemente das condições adversas. Não há, afinal, limites para a invenção e para o que se pode alcançar nesse processo; pode ser o próprio céu, as nuvens, pode ser a vida. O poço está, afinal, onde estiver nossa água.



João Toledo
Crítico, realizador e cinéfilo, eterno estudante de cinema, João Toledo é fundador da produtora Sorvete Filmes, juntamente com Leonardo Amaral e Gabriel Martins; redator da revista eletrônica Filmes Polvo, sob a coluna Corte Seco, desde 2007; diretor, roteirista, montador e assistente de diversos curtas-metragens independentes; formado em publicidade pela Universidade FUMEC em 2005 e pós-graduado em cinema pela PUC Minas em 2006.
Filmografia:
Sobre o Suflê - roteiro e direção - 2006
Filme Fulleiro - co-direção - 2009
Pára - imagens, direção, montagem - 2009
Caixa Preta - imagens, direção, montagem - 2009
A Janela (ou Vesúvio) - roteiro, direção, montagem - 2009
Lembro-me Ainda de Quando Comíamos Pão de Mel Toda Manhã Mas Hoje Acordei de Ressaca - imagens, direção, montagem - 2009

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Cartunistas propõem criação de Museu Henfil em Ribeirão das Neves

Outra dica do meu amigo Marko Adjaric

A Comissão de Cultura recebeu, em sua reunião nesta quinta-feira (12/11/09), representantes de diversos segmentos das artes visuais mineiras, como cinema de animação e histórias em quadrinhos, em busca de contribuições para a formulação de políticas públicas que melhorem o acesso aos bens culturais disponíveis e ajudem a preservar a cultura mineira. Este foi o objetivo do requerimento apresentado pela deputada Gláucia Brandão (PPS), presidente da comissão.

A parlamentar acatou a sugestão de criação do Museu Henfil em Ribeirão das Neves, cidade que representa. A proposta partiu do cartunista Eduardo dos Reis Evangelista, mais conhecido como Duke, que publica charges há dez anos nos jornais O Tempo e Super. Duke lembrou que o grande humorista Henrique Souza Filho, o Henfil, nasceu naquela cidade. Informou também que o Governo de São Paulo lançou edital para quadrinhos e desenhos, com o objetivo de selecionar obras para a grade do MEC. Para ele, o poder de comunicação dos quadrinhos também deveria gerar incentivos da parte do governo mineiro.

Rafael Guimarães, coordenador político da Associação Brasileira de Cinema de Animação, disse que a ABCA atua junto ao Governo Federal em busca de incentivos e de reconhecimento para o cinema de animação. "Em Minas temos profissionais de alto nível, com trabalhos premiados, e não podemos perdê-los para Rio e São Paulo", alertou. "Até nos Estados Unidos, onde os quadrinhos dão lucros bilionários, há incentivos governamentais para os artistas cujo trabalho não é voltado para o grande público", justificou.

Lunardi Teles, cartunista e caricaturista mais conhecido como Lute, disse que Minas até hoje não conseguiu criar um espaço à altura dos grandes nomes que o Estado revelou, como Ziraldo, Nani e Nilson. Lute organizou a exposição BH Humor, em setembro, com recordes de público na Casa do Baile. Ele propôs trazer essa exposição para a Assembleia de Minas. A deputada Gláucia Brandão sugeriu que a exposição seja itinerante e que possa ser vista em todas as regiões do Estado.

Divulgação é importante, mas não remunera o artista

Outro evento que provou o grande interesse do público pelos quadrinhos foi o Festival Internacional de Quadrinhos, que atraiu 70 mil pessoas ao Palácio das Artes, segundo informou Cristiano Seixas, empresário da Casa dos Quadrinhos e do Estúdio Big Jack. Seixas fez uma rápida exposição sobre a história do desenho, desde as pinturas rupestres nas cavernas até os desenhos infantis nas escolas. Disse ainda que os quadrinhos têm mais de 100 anos de história, e devem sua popularidade aos jornais.

O empresário disse que os produtos de animação vêm logo abaixo do cinema em faturamento no mercado internacional, e custam muito menos. No entanto, o mercado não é sustentável. A divulgação não remunera o artista, que fica dependendo de patrocínio ou mecenato. Outro aspecto abordado por ele foi a dificuldade para se criar uma associação ou sindicato. "O artista geralmente é introspectivo, passa os dias trancado em seu quarto com a prancheta. É praticamente impossível mobilizá-lo para reivindicações coletivas. O governo ajudaria criando um piso salarial para a categoria", sugeriu.

Lacarmélio vive da Revista Celton

O melhor exemplo de individualismo dos quadrinhos em Minas estava presente na reunião: Lacarmélio Alfêo de Araújo, que há 28 anos roteiriza, desenha, edita, imprime e vende nos bares e nas ruas de Belo Horizonte a revista Celton, personagem criado por ele. Os desenhos são ambientados na capital, com temas populares, como o Capeta do Vilarinho e a Loura do Bonfim. Lacarmélio lembra que inicialmente o personagem tinha superpoderes, por causa da influência que recebeu da Marvel e DC Comics na infância.

Em quase três décadas, ele produziu 70 números da revista, e desde 1998 vive exclusivamente desse trabalho. O último número, "O Combate entre a Sogra e o Capeta" já vendeu 40 mil exemplares, para um público formado em sua maioria por motoristas de táxi e ônibus, estudantes e donas-de-casa. Ele conta com a ajuda dos fiscais da BHTrans, que lhe informam onde há engarrafamentos de trânsito para que ele possa abordar os motoristas. "Nem todo mundo elogia. Às vezes algumas senhoras gritam ofensas, e já tive evangélicos esfregando a Bíblia no meu cartaz, sobre a palavra capeta", diverte-se o autor.

Lacarmélio criticou os artistas que vivem de incentivos e prêmios de governos. "A gente tem que ser responsável pelo que faz e batalhar para viver daquilo. Tenho 2º grau incompleto, mas já vendi mais de um milhão de revistas em Belo Horizonte. O objetivo do meu trabalho é despertar bons pensamentos, encantar o leitor e lhe dar uma visão de progresso", concluiu.

Presenças - Deputada Gláucia Brandão (PPS), presidente da comissão.








Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - www.almg.gov.br

Audiência sobre quadrinhos foi remarcada para esta quinta-feira (12)

Dica do meu amigo Marko Ajdaric do Rio Grande do Sul.

Extraído de: Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais - 06 de Novembro de 2009

Será nesta quinta-feira (12/11/09) a audiência pública da Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais para debater a importância das histórias em quadrinhos para a cultura do Estado. A reunião, solicitada pela deputada Gláucia Brandão (PPS), presidente da comissão, havia sido agendada, inicialmente, para o último dia 28, mas foi adiada. A nova audiência foi marcada para as 15 horas, no Plenarinho II.

Para a deputada, Minas Gerais tem uma cultura forte no que diz respeito aos quadrinhos animados. Um exemplo disso, segundo ela, foi a edição deste ano do Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ). "Temos que potencializar a arte e a cultura de jovens artistas, que desenham, criam e se inspiram para suas obras", afirma a deputada, que pretende na reunião conhecer os principais desafios da atividade e discutir as formas pelas quais a ALMG pode contribuir na difusão dos quadrinhos no Estado.

Convidados - Foram convidados a coordenadora-geral da Associação Brasileira de Cinema de Animação - Regional Minas (ABCA-MG), Cristiane Fariah; o coordenador político da ABCA-MG, Rafael Guimarães; o coordenador do curso de animação da UFMG, Antônio Fialho; o quadrinista profissional e professor da Casa dos Quadrinhos, Eduardo Rocha Pansica; o criador e autor da revista Celton, Lacarmélio Alfêo; o sócio da Casa dos Quadrinhos e Estúdio Big Jack, Cristiano Seixas; o organizador do Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte, Eduardo dos Reis Evangelista; e o presidente do Cartuminas, Lunardi Teles.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

ANIMANIA - ANIMANDO A COR NEGRA

















Em comemoraçao a semana da consciencia negra o Animania preparou um progana especial.

Zeca procura máscaras para uma homenagem à semana da consciência negra e Seth conhece o apresentador do Talk show mais louco do planeta, do filme "Negão Bola Oito", do animador Alan Sieber.

O animador Rasta Cipriano aparece para falar de como a animação pode ensinar a história afro brasileira nas escolas e mostra como fazer um negro com atitude para ser animado e mostra seu filme Ego.

No Quadro Catavento, o animador Meton Joffily fala das aventuras de um
menino de rua em seu filme "Sinal Vermelho". Prá coroar, a estória do
surgimento da cor negra no filme: "A cor Negra", de Silvino Fernandes. Prá
completar essa festa, os dois colocam as máscaras de dois animadíssimos
personagens: O Azeitona, do animador Luís Sá e o impagável
Mussum... “Cacildis”!

o Programa vai ao ar no dia 16/11/09 as 19:00 horas com reprise dia 20/11/09 as
18:30h pela TV Brasil

terça-feira, 10 de novembro de 2009

7 MUMIA - CRÍTICAS








Começamos a parceria com alunos e jovens criticos que participaram da setima ediçao escrevendo pequenas críticas sobre os curtas exibidos. Nessa primeira leva as criticas do jovem realizador de Belo Horizonte, Gabriel Martins que escreveu sobre o primeiro programa de curtas internacionias.

O CONTO DO PEQUENO BONECO Johannes Nyholm (19´ Suécia)

Esta animação, feita completamente com massinha, conta a bizarra história de um Boneco que tem como invasor de sua casa uma espécie de mini ser feito com recortes que fica atrapalhando sua vida – e seu encontro com uma “adorável” garota. Com timing cômico impressionante, utilizando bastante do silêncio e do constrangimento, O conto do pequeno boneco é uma animação que segue bem a idéia underground da mostra. Utilizando da sua própria forma desengonçada de animar, algo inerente ao trabalho com massinha (que lembra o trabalho em Mercúrio, de Sávio Leite), a animação constrói o seu humor, sendo extremamente bem sucedida na relação que propõe com seus personagens.

ESTRUTURAS Jasper Kuipers (4´46” Holanda)

Estruturas propõe um estudo sobre a maneira como os elementos se fundem com a natureza e, a partir daí, se modificam. Interessante tecnicamente, não oferece muito mais do que a simples idéia de um exercício visual de continuidade de formas, mutação e fusão, algo coerente com seu tema. Uma bela animação que, como a natureza, está sempre em transformação.

A CHEGADA DO URSO Janis Cimermanis - 16´- Letônia

Realizado através de stop motion com bonecos aparentemente de pano, A chegada do urso começa com uma entrada bastante atenciosa ao seu personagem mas se perde um pouco no restante da narrativa, tornando-se uma fábula que mesmo bonita e bem resolvida, poderia certamente ter minutos a menos. De toda forma, vale ressaltar o quanto os personagens, todos daquela vila, são bastante carismáticos e bem construídos.

JUBILADOS Juan Sáenz Valiente – 3´- Argentina

A escolha de som é crucial para qualquer animação. Como ela é cem por cento construída, não existindo um som ambiente do momento (até porque este “momento” inexiste), é a atmosfera criada pelo som que cria a ambientação e todo o clima do filme. Em Jubilados uma má escolha de trilha (“Frozen”, de Madonna, que mesmo sendo uma boa música é bastante invasiva) torna-se um problema. Além disso, a animação oferece pouca substância para além da simples experimentação de movimentos e uma sub-narrativa que está longe de ser interessante. Vazio de um lado, excessivo de outro, Jubilados acaba sendo muito pouco bem sucedido.

O FEITIÇO DO CARVÃO Sun Xun – 8´- China

Bastante experimental, no sentido em que navega através de diversas texturas e formas para se construir, O feitiço do carvão tem um clima bastante interessante. Se esta ali um discurso acerca do progresso, talvez até o problematizando, também está uma vontade enorme de testar potencialidade da animação, do simbolismo, da metáfora. Ainda que se perca talvez por demais no seu discurso, “O feitiço do carvão” traz em si um interessante estudo de reconstrução histórica no abstrato.

HOT DOG Bill Plympton – 5´50”

Hot Dog é mais um animação da série de Bill Plympton, animador bastante conhecido mundialmente. Através da história deste simpático cão que quer ser bombeiro, somos sugados para um pequeno universo de total divertimento com as propriedades da animação. Existe o exagero, a elasticidade e a tamanha personalidade do protagonista que nos envolve inteiramente nas suas tentativas. Destaque para a forma como através do desenho quase de rascunhos Plympton consegue, com poucos elementos, dar toda a informação necessária.

1-2-3 Escape Vittorio Farfan – 3´- Chile

Esta animação é, sem dúvida alguma, uma das coisas mais bizarras que já vi. Some desenhos de PAINT a fotografias muito provavelmente retiradas do Google Imagens e pronto, temos esta animação bastante radical sobre, basicamente, ficar bêbado. Sua agressividade do tosco é válida: um sonho embriagado e patético é ilustrado até a sua total decadência. A total falta de compromisso com um padrão de belo e exato acaba refletindo uma expressão aparentemente involuntária de um processo – a própria construção da animação. Que fique, portanto, esse descompromisso e aproximação símbolos de um divertimento. Muitas vezes, somente isto já é o bastante.

GABRIEL MARTINS estidante de cinema e video, integra a equipe da revista de críticas Filmes Polvo (www.filmespolvo.com.br. Dirigiu FILME DE SÁBADO, selecionado em inueros festivais de cinema e diretor da FILMES DE PLASTICO (www.filmesdeplastico.com)

sábado, 7 de novembro de 2009

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

ANIMANIA - ANIMAÇÃO SEM TABU



Todos os tabus caíram nesse animania!
Seth começa falando palavrões extensos e Zeca mostra que até os monstros
derrubam as convenções, como no filme "Os Brutos também amam", de Cristiano
Alves. Zeca animado, mostra a forma certa de romper os tabus
sexuais...fazendo a coisa certa como no filme "Do The Thing" (Faça Aquilo),
de Thomas Knoll. No quadro Córtex, a busca da perfeição leva às maiores
catástrofes no filme "Perfeito", de Maurício Bartok.
A produtora Prisccila Secco aparece prá falar do Festival Internacional Sem
Tabu, que acontece anualmente no Rio de Janeiro, reunindo animações do mundo
todo despidas de preconceitos e mostra um destaque do festival, o filme "Love
Recipe" (Receita de Amor), de Felipe Pizzaro.
No catavento Os irmãos animadores Ricardo e Rodrigo Piologo, falam da mostra
que o Festival Sem Tabu armou com os filmes prá lá de sacanas do inusitado
Mundo Canibal e de quebra mostram seu recente filme "Companheiro Pop Up".
Depois dessa maratona de filmes arrojados até Zeca resolve tirar a roupa...e
Seth se engraça com a pioneira em quebrar tabus na animação...a deliciosa
Betty Boop.

O programa vai ao ar no dia 09 de novembro as 19 horas pela TV Brasil.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

7 MUMIA - imprensa






Jornal Hoje em Dia 26/10/09
Essa matéria pode ser vista também em: http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/divers-o/filmes/mostra-udigrudi-exibe170-produc-es-1.29263

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

7 MUMIA - imprensa
























Esta matéria pode ser vista também em: http://portal6.pbh.gov.br/dom/iniciaEdicao.do?method=DetalheArtigo&pk=1013005

terça-feira, 3 de novembro de 2009

7 MUMIA - Imprensa




Essa Materia pode ser vista tambem em: http://www.new.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_3/2009/10/26/ficha_critica/id_sessao=3&id_noticia=17045/ficha_critica.shtml

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

7 MUMIA - Imprensa



















Vc tambem pode ver essa materia em:
http://www.otempo.com.br/jornalpampulha/noticias/?IdNoticia=5039

domingo, 1 de novembro de 2009

ANIMANIA TEM GATO





Zeca pesquisa os movimentos dos gatos e Seth fica chateado com tantos
felinos por perto. Zeca fala com a animadora Cristiane Fariah que mostra o
filme "Gato Preto", inspirado em conto de Edgar Alan Poe. No quadro Córtex ,
eles veêm o gato mais famoso da animação brasileira, no premiado filme
"Meow", de Marcos Magalhães. O animador Sérgio Glenes aparece e explica como
nasceu a arte de seu filme "Atirei o pau no gato", feito a partir da famosa
cantiga popular. Para completar o trabalho, Zeca manda Seth num passeio
perigoso à procura de um gato animado...será que dessa vez, Seth vira comida
de gato?

O programa vai ar ar no dia 02 de novembro as 19 horas pela TV Brasil